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Verba Volant

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Poema

Poema 4

Eu vou pelo seu corpo
É ladeira abaixo
Feito um carro
desgovernado
Sem freio pras curvas
completamente atordoado
Ébrio de seu perfume
Sedento e desvairado
Não me importam as multas
Não me dizem nada as placas
Só o tato me guia
Louco!
Dirigindo de olhos fechados
Mas meu destino é claro
Ainda que capote o carro
A relva macia amenizará o impacto.
Eu me encontro abismado
Esta gruta, este oasis!
Bem no meio da estrada!
Eu sabia bem para onde ia
Mas jamais saberei como se volta.
— Mauro Abner
Poema 4

Poema 3

Eu sorvi as delícias do teu beijo
No teu peito senti teu zelo
Apreciei teu cabelo
E a tez suave de teu delicado dorso
Me fez louco, um homem rendido
À mercê de teus caprichos

És tão bela, amável e querida!
Por favor, não me ludibries
De que forma mais eu viveria
Se me faz faltar a vida
Quando ausente ficas?
— Mauro Abner
Poema 3

Poema 2

Viver é angústia, dor aguda e estafa de ser.
Você diz adeus a tristeza, mas ela lhe crava as unhas longas, rasgando-lhe a carne, fazendo questão de lhe mostrar que no seu peito ela sempre irá viver…​

Você diz que não se irá
E eu implorando pra que se vá
Habitas em meu peito
Fazendo da vida um desassossego
Choro na noite
Grito e urro
Não quero em ti pensar
Mas a ferida não cicatriza
E a dor atroz rasga minha vida
Faz exaurir a esperança
Num só golpe
Faz escurecer a vista
Faz morrer qualquer riso
Desvanecer a alegria

Você diz que não se irá
E eu implorando pra que se vá
Vá, por favor vá…​
Não faça do meu peito
Seu eterno leito.
— Mauro Abner
Poema 2

Poema 1

Ela é a máxima
Entropia nesta minha vida
Quem desorganiza
A minha ordem
Desassossega
O meu sossego
Faz ruído
Na melodia

Ela é tanto disso
Muito daquilo
Átomos colidindo
Sol de verão sobre
A caatinga

Mas eu não fujo
Porque não sei fugir
E porque não há porquê
Fugir
Tudo nela é intenso
Até seu amor por mim
— Mauro Abner
Poema 1